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Sarrabulho não é o mesmo que Sarrabulhada

Um dos meus melhores amigos vive em Ponte Lima. Por isso, regularmente visito a terra do arroz de sarrabulho e do vinhão e vou estando atento ao fenómeno político limiano. Aliás quem não se lembra do Orçamento de Estado “ do queijo limiano”, negociado com Daniel Campelo, no tempo do governo do Eng. Guterres.

Agora quando visito Ponte de Lima vejo que começou a poluição visual. Mas pior ainda é constatar que quem está no poder tem muitos mais recursos e, por isso, parte na corrida uns metros à frente. Mas como em tudo na vida, não interessa como começa, interessa sim, como acaba.

Refiro-me aos cartazes políticos, às figuras, aos slogans, à presença intrometida e invasiva de muitos. Confesso que mesmo que quisesse estar alheio ao fenómeno político não conseguiria dado este inebriante folclore minhoto.


Como podem os Limiamos acreditar num projecto sério, sustentável e de futuro? Terá que ser um projecto que sirva verdadeiramente a comunidade e que promova o desenvolvimento social. Sim, antes de um projecto de desenvolvimento económico, temos que ter um projecto de desenvolvimento social. Temos que construir uma sociedade mais séria, mais solidária, mais orientada para as pessoas tendo por base as questões da sustentabilidade ambiental e financeira.

Infelizmente quase todos procuram imediatismos e quase todos se vendem por quase nada!

Tenho acompanhado, com alguma curiosidade, esta campanha eleitoral em Ponte de Lima. E confesso que tenho observado algo novo.

Pela frente observo dezenas de anos do CDS no poder autárquico, um Partido Comunista quase inexistente, um PS faminto de conseguir qualquer coisa, um Independente que se quer mostrar irreverente e, por fim, um PSD rejuvenescido que conseguiu reunir, surpreendentemente, a participação de pessoas com reconhecidos méritos que nunca se tinham envolvido antes na política. Estamos a falar de pessoas que são profissionais de sucesso e que não precisam da política para viver.

Por isso respira-se um ar diferente. Pela primeira vez, o CDS não diz, mas mostra-se incomodado. Será por causa do ex-centrista e agora independente Abel Baptista? Não me parece que seja. Parece-me antes que seja pelo facto do PSD apresentar-se renovado, arejado e dinâmico e simultaneamente vermos o PS e o CDS fragmentados.

Há também figuras da politica limiana que desapareceram sem se perceber as razões. Outras, nem tanto. Um dos que saiu foi Gaspar Martins para deixar o seu lugar, numa sucessão dinástica, à sua filha. Talvez fosse a hora de pensarem refundar o Partido Monárquico em Ponte de Lima. Talvez com tantos condes e viscondes fossem capazes de ter sucesso. Digo eu. Acho que o Gonçalo da Câmara Pereira seria garantidamente um adepto da refundação monárquica por terras do Lima.

Mas, afinal, o que teme o CDS e o que motiva pessoas alheias à vida política a estarem mais atentos e motivados a irem votar no dia 1 de Outubro?

Ponte de Lima precisa de algo muito diferente, precisa de um projecto com futuro. Sinto que os limianos necessitam de se reverem em que os representa. Mas acima de tudo precisam de gente séria, responsável e capaz de gerir bem o erário público.

Necessitam de alguém que esteja ao serviço das suas gentes, numa missão de serviço público, com competência para capitalizar as potencialidades endógenas das terras do Lima, de alguém que mobilize e que consiga construir uma Vila melhor para todas as crianças, jovens, adultos e idosos.

Eu acredito que os protagonistas que o PSD apresenta, nestas eleições Autárquicas, representam tudo isto que Ponte de Lima tanto precisa.

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