Numa excelente peça de humor, o argumentista Rui Ramos (historiador e colunista do Observador) descreve a história recente de Pedro Passos Coelho da seguinte forma (sic):
“A sua história corre o risco de se converter numa mistura de Hamlet, a peça de teatro em que tudo existe para ser emendado pelo príncipe (“O mundo está fora dos eixos. Oh, maldita sorte! Porque nasci eu para o pôr na ordem?”), com Groundhog Day, o filme em que o personagem principal acorda sempre no mesmo dia de inverno (“Querem uma previsão do tempo? Vai ser frio, vai ser cinzento, e vai ser assim durante o resto das vossas vidas”).”
Fantástico! PPC é uma pessoa, segundo Rui Ramos, que acha que nasceu para concertar o mundo, mas que, por azar, acorda sempre no mesmo dia. Rui Ramos compara-o ao protagonista excêntrico de Groundhog Day, interpretado por Bil Murray, que acorda sempre às 6:00 da manhã do dia 2 de Fevereiro (o Groundhog Day). Corrigindo o argumento do filme, mudando o dia 2 de Fevereiro para 4 de Outubro de 2015, a coisa até é verosímil. A parte engraçada é que Rui Ramos pretende fazer com este artigo uma ode em defesa de PPC e do seu discurso do Pontal. Mas acho que não lhe correu muito bem.
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