Eu tenho tentado manter-me afastada do comentário político nacional mas as evidências e a calma com que são aceites, excepção feita a algum burburinho, obrigam-me a pronunciar-me e como esta é a minha arma, há que carregar cartuchos e começar a disparar.
Então vejamos: segundo o Fórum para a Competitividade, organismo a que a maioria de nós reconhece credibilidade, os números são os seguintes:
INE- Contas Nacionais trimestrais (publicadas hoje 31/5/2016)
Crescimento homólogo a um ritmo inferior ao do trimestre anterior ( 0,9% face a 1,3%)conseguido á custa do aumento do consumo privado, com destaque para a aquisição de bens de consumo duradouro, particularmente do sector automóvel. Contribuem negativamente a procura externa líquida e o investimento. Este, em particular sofre uma redução de 0,6% em volume, que compara com um crescimento homólogo de 4,4% no trimestre anterior.
Esta evolução é preocupante pois o fraco crescimento só é conseguido à custa do consumo de bens duradouros, com uma forte componente importada, e sem qualquer contributo do Investimento e da procura externa liquida (exportações- importações). Tal evolução é insustentável para um País fortemente endividado, como Portugal.
O que tenho a dizer sobre isto? Meus senhores, uma economia não subsiste do consumo interno e da importação de carros. Como é evidente, desincentivar esta tendência através da sobre-taxação é um absurdo.
Continuo a ver o que se passa cá pelo burgo e deparo-me com mais uma ideia peregrina do agora partido do Governo, Os Verdes. Pois estes senhores para desincentivar a tauromaquia pretendem obrigar ao cumprimento da escolaridade obrigatória. Temos menos jovens e um grande abandono escolar mas para já, quem diz que estes jovens não estudam? E onde é que está a lógica de ser a Escola a desincentiva-los de uma prática que está cultural e socialmente enraizada? Não seria mais fácil mudar a Lei e acabar com o espectáculo das touradas encaminhando estes jovens para a prática de outras actividades desportivas mais saudáveis e onde não estivesse incluído o esquartejamento fosse de quem ou do que fosse? Haja gente idiota e sem ideias para o País. Nós à porta da 4ª bancarrota e os meninos querem pôr os jovens que praticam actividades tauromáquicas a estudar e deixem-me adivinhar, na Escola Pública pois claro. Deixamos de ter o rendimento das touradas (com as quais também não concordo) e temos a despesa acrescida dos estudantes. Muito bem!
Continuando eu na senda de boas noticias, deparo-me com o Alfredo Barroso que agora se desfilia do PS, partido do qual é fundador. Uma coisa me espanta: o PS ganhou alguma das últimas três eleições? O que vem na peça foi dito ipsis verbis pelo próprio ou é mais uma lavadela de imagem do autor da peça? E sim, António José Seguro não tinha espírito de liderança, foi colocado a chefiar uma quadrilha de gangsters mas tinha carácter e ideias para o País. O reformismo já não é o que era no seu tempo, meu caro senhor.
E por último, o grupo de descontentes que apresenta um Manifesto anti a governação de Costa e o rumo que ele está a dar ao Partido. Meus senhores, onde andaram desde Novembro? Do que estavam à espera? Onde andam já agora os 2 milhões de portugueses cuja opção eleitoral ganhou legitimamente as eleições? Vão continuar silenciosamente a assistir a esta desgraça? À implementação do Social-Comunismo em Portugal? Ao ataque aos Privados? À alienação de valores e princípios? Ao perigoso e exponencial aumento do poder dos Sindicatos? Um dos maiores cancros da República e que age a coberto da CRP?
E o que me dizem do Comentador-Presidente que agora de fininho se desmarca do Costa porque já percebeu que não vai vergar Passos Coelho aos seus intentos?
Apertem os cintos, senhoras e senhores. A 4ª bancarrota aproxima-se a passos largos e todos os que pactuam ou optam por uma postura silenciosa neste caos reinante devem assumir a sua quota-parte na culpa.
Ai pobre País meu…como te enxovalham. Como te maltratam por meia dúzia de soldos estes Vendilhões do Templo.
Vou aqui usar uma máxima que tenho aplicado em várias ocasiões: Socialismo, nunca mais!
Luisa Vaz
(A autora não usa o Acordo Ortográfico)