No nosso caso (e certamente nos demais casos ocidentais), tal acontece pela ausência de competências instaladas no sistema político para fazer face a um projeto de futuro assente em questões estruturais e que considere as profundas alterações demográficas ocorridas nas últimas décadas.
Vivemos pois órfãos de estadistas e verdadeiros construtores de uma sociedade de futuro. O que hoje temos são bandos de empregados dos partidos do arco do poder que mais não conseguem ver do que a distância da sua testa ao seu umbigo.
A sociedade portuguesa vai perceber tarde demais o enorme flop institucional que é hoje o sistema e regime político em que vivemos. As novas gerações vivem acomodadas nos seus pequenos mundos e pouco se interessam pelo futuro coletivo da nação. Aproveitando-se dessa circunstância de total alheamento e afastamento da sociedade à política, os protagonistas das principais funções do Estado vão vivendo tranquilamente no seu status quo de imponente mediocridade política e sem qualquer resultado visível no que concerne a desenvolvimento sustentado do país.
Falha por isso Portugal. Porque não tem portugueses à altura. À altura de exigir de si mesmos muito mais e bem melhor.