No passado dia 30 de Outubro, através de email, solicitei ao presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, toda a documentação relativa ao processo de atribuição da medalha de mérito profissional – grau ouro a Marco António Costa. No email de resposta Eduardo Vítor Rodrigues, entre outras coisas, transmitiu-me que tinha, e passo a citar, “intentado um processo-crime… sobre este assunto” contra a minha pessoa.
Relativamente a esta estranha condecoração escrevi no dia 4 de Julho de 2016 este artigo opinião. No dia seguinte Eduardo Vítor Rodrigues respondeu-me, nas redes sociais, sem referir o meu nome, através da sua página com este texto, numa linguagem e num tom que considero inapropriados, ilustrado com “sugestivas” fotografias, felicitando Marco António Costa e todos os condecorados.
Por sua vez, no dia 6 de Julho, publiquei este artigo de opinião em que perguntava aos portugueses se atribuíam uma medalha a Marco António Costa. Penso que uma pergunta mais que legítima.
Atendendo a que Eduardo Vítor Rodrigues continuava sem dar uma justificação pública plausível para a condecoração escrevi novamente um artigo de opinião no dia 14 de Setembro em que afirmava que os cidadãos de Gaia e o País eram credores de uma verdadeira e cabal explicação do presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, para a atribuição de uma condecoração tão insólita a um dos principais responsáveis pela tão propalada dívida da Autarquia.
Em todos os artigos, como é meu timbre, nunca ofendi a honra e o bom nome de qualquer cidadão, apenas exprimi livre e democraticamente a minha opinião.
É público que há muito que luto pela transparência e pela moralização da vida politica e pública. O que estava e continua a estar em causa, na atribuição da medalha ao antigo vice-presidente da Câmara de Gaia, é apenas e só a atitude e o comportamento políticos de Eduardo Vítor Rodrigues que, nesta situação, considero inexplicáveis, atendendo a que andou dois anos e meio a lamentar-se da dívida municipal que herdou do anterior executivo. Esta absoluta contradição tem que merecer uma justificação e explicação pública da parte do presidente da Câmara Municipal de Gaia.
Neste momento desconheço qualquer acção judicial que sobre mim impenda, contudo caso a mesma se mostre real, estarei disponível, como sempre estive, no sentido de colaborar com as autoridades, prestando todos os esclarecimentos que se afigurem como necessários no sentido de se apurar toda a verdade.
Mas também que fique claro que não será com processos judiciais que alguém pense que me silenciará. Foi assim no passado, no presente, e será assim no futuro porque acima de tudo estará sempre a verdade e a defesa do superior interesse público.