No próximo fim de semana, durante o Congresso Nacional do PSD, Pedro Passos Coelho, depois de reeleito sem oposição visível, vai ser novamente entronizado presidente do PSD.
Neste Congresso Pedro Passos Coelho vai tentar exorcizar os seus fantasmas, guardando o neo-liberalismo no armário, dando início a um novo projecto político social-democrata, de forma a recuperar o centro que o partido perdeu nos últimos quase 4 anos e meio de governação. Aguarda-se também pela prometida renovação dos rostos que o acompanharam, sobretudo aqueles que foram os principais protagonistas políticos do PSD nos últimos 5 anos.
Porém também aguardam-se, com interesse as intervenções de alguns destacados militantes do PSD, que nos últimos anos estiveram afastados da vida politica activa, como Pedro Duarte, que foi o Director da Campanha do actual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de José Eduardo Martins e de Nuno Morais Sarmento, ambos próximos do ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Uma das intervenções sempre aguardadas nos congressos é a de Pedro Santana Lopes, ex-presidente do PSD e antigo Primeiro-Ministro, actualmente a desempenhar as funções de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com um notável trabalho reconhecido genericamente pela maioria dos portugueses.
Parece que ausente do Congresso estará, mais uma vez, Rui Rio, o eterno D. Sebastião, que trocará a reunião magna do PSD por um jantar com militantes VIP num hotel do Porto, alegando que ” se eu lá fosse, ainda me arriscava a ser um elemento central do congresso. O dr. Pedro Passos Coelho resolveu candidatar-se, com base em ter sido o mais votado (embora não o vencedor). Tem essa legitimidade, eu não quero perturbar”. Esta foi a desculpa apresentada desta vez, porém poderia ser uma outra qualquer como tem feito nos últimos anos para evitar o confronto com os líderes do partido e com os congressistas.
Aguardemos agora pelo próximo fim de semana para vermos concretizadas as mudanças prometidas por Pedro Passos Coelho.
