A primeira viagem que Costa fez foi ao Porto. Veio fazer o acordo eleitoral autárquico com Rui Moreira (eu não tinha dito?:). Um acordo mais do que previsível. O ex-candidato do PP e de uma facção do PSD, alegadamente independente será, nas próximas eleições autárquicas, o cabeça de lista alegadamente independente de um resto de lista essencialmente do PS. Esse acordo foi mais que confirmado no último congresso do PS e pela boca do próprio Costa.
Este acordo, que atesta bem o caracter de politico-oportunistas e de verdadeiros “treteiros” (como se diz no Porto), pois andam ambos a enrolar os Portuenses de Rui Moreira e de Costa, é uma entaladela das grandes para a fraquíssima líder do PP, Assunção Cristas (que faz da política uma espécie de performance Opus-Pop), que mal foi eleita, numa tentativa de “encravar” o PSD foi lampeiríssima (como também se diz no Porto) apoiar o “independente” Rui Moreira.
Perante este cenário, o PSD, só tem uma alternativa. Uma alternativa capaz de fazer implodir a candidatura socialista de Rui Moreira: o próprio criador de Moreira, outro Rui, o Rui Rio.
Se Rio aceitar ser o candidato do PSD à Câmara do Porto (e eu apesar de não gostar nem um bocadinho do dito enquanto político, acharei muito mais do que merecido em relação ao bluff Rui Moreira), o PSD não só poderá ganhar a Câmara do Porto como criar uma janela de oportunidade (pequenina, é certo) ao PP de Cristas para que o dito possa dar uma bela cambalhota à retaguarda e dar o dito por não dito e desvincular-se da candidatura claramente socialista.
O PSD, neste momento, deveria estar a colocar Rui Rio na corrida eleitoral autárquica do Porto e a colocar o seu único candidato capaz de mobilizar vitoriosamente uma candidatura metropolitana (se houver eleições para os órgãos metropolitanos), Bragança Fernandes, actual Presidente da Câmara Municipal da Maia, que está a cumprir a parte final do seu último mandato. Será que os órgãos concelhios e distritais do PSD percebem isso?