Questionei publicamente o processo das campanhas eleitorais que não dão direito a voz e a manifestação de plataformas claras de campanha. Vi vários candidatos prometendo absurdos como vereadores prometendo mudar tributos federais, coisa muito longe de sua alçada administrativa. Percebi que muito eleitor alem de corno ama ser traído para depois justificar seu calvário, reclamando eternamente de uma raça política que ele próprio persiste em eleger. Em quem foi que você votou nas últimas eleições? O que seu candidato fez? Seu nome esta envolvido em algum dos escândalos da atualidade?
Hoje diariamente nos noticiários leio noticias de políticos envolvidos em escândalos de corrupção. Mas pior que isto é ver que boa parte da população esta acostumada com o absurdo da roubalheira já não mais existindo a indignação diante dos fatos que são absurdos evidenciando a naturalização do fenómeno da corrupção que alguns dizem ser normal no meio da política. Piora quando querem justificar o ato de roubar e ou de desviar verbas por ideologias: todo mundo rouba por que o do meu partido não pode roubar? A construção deste discurso atual chocaria Michel Foucault numa normalidade anormal. Uma comédia do absurdo sem graça.
Nos acostumamos no Brasil a viver em um cenário exploratório. Brasil que jamais deixou de ser colónia ou subdesenvolvido. Todavia acentua nos últimos tempos a quantidade de subterfúgios existentes criados como leis para safar bandidos de crimes ligados a política, imunidade parlamentar, e tantas outras brechas legais existentes para tudo acabar em impunidade. Tudo certo ninguém preso nem Lula, Fernando Henrique, Aécio, Temer…todo mundo solto pronto para voltar ao poder no próximo pleito não interessa quanto de verba tenha sido desviada. Mas o pior não é este fato cruel da impunidade, é a conveniência e acomodação de um povo sofrido que hoje acha normal e natural roubar, pagar impostos altíssimos para sustentar mordomia de políticos…