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Para memória futura: a vergonhosa ordem natural das coisas

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Tenho tudo contra a vergonhosa presença de Durão Barroso no Goldman Sachs. De todos os pontos de vista, mas essencialmente do ponto de vista político. É que a política é (era) para ser servida por pessoas com alguma dimensão. Durão Barroso é um homem sem nenhuma dimensão: nem política, nem cultural, nem ética, nem ideológica, nem… nada! É um homem sem valia nenhuma. E o facto de isto ser a ordem natural das coisas  explica a confusão em que está o mundo.
Sinto falta de homens, e mulheres, cheios de falhas, cheios de defeitos, com rabos de palha em coisas mundanas, humanos numa palavra, mas profundamente éticos, sérios e com um sentido profundo de serviço público. Esta “ordem natural das coisas” (=populismo) habituou-se a abater essas pessoas para “naturalmente” selecionar este tipo de gente sem princípios, sem dimensão e verdadeiramente sem vergonha.
Fica para memória futura que considero tudo isto um NOJO.
Francisco Sá Carneiro: “A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha.”
Créditos da foto: dos arquivos secretos de amigos que andam a formar os “não-sei-quê papers” (na foto, com 14 anos, pode ver-se Durão Barroso carregado em ombros por um rapaz de óculos, o não menos famoso Marco António Costa)
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