Quando, em setembro de 2013, o PSD Porto saiu derrotado das últimas eleições autárquicas na Cidade do Porto, assumi a vontade de participar num projeto mobilizador dos Portuenses, de forma a apresentar, num futuro próximo, uma proposta política novamente merecedora da sua confiança. Neste contexto, integrei o Conselho Estratégico da Comissão Política do Concelho (CPC) do Porto, com a expectativa de dar o meu contributo no desenvolvimento de reflexões e propostas de ações políticas com impacto direto na Cidade e nos seus Cidadãos.
Ao longo dos últimos anos – e particularmente dos últimos meses e semanas com maior intensidade – fui acompanhando com grande preocupação o desnorte desta Comissão Politica, com a qual me fui revendo cada vez menos, seja pelas ações – ou inações – e falta de estratégia para voltar a apresentar essa nova agenda aos cidadãos do Porto.
Independentemente de nem sempre estar de acordo com este órgão, procurei, de forma colegial e democrática, respeitar a linha de trabalhos que vinha sendo seguida até ao momento em que não me é mais possível estar associado e vinculado à CPC Porto, por não me rever no seu modus operandis e nas declarações públicas recentemente emitidas.
Entendo que a função do PSD Cidade do Porto é, acima de tudo, servir com responsabilidade os Portuenses, pelo desenvolvimento de um projeto para a Cidade com o qual a população se reveja e orgulhe. Não tenho que concordar com todos os comunicados que a CPC do Porto faz ou posições tomadas, mas as últimas notícias que têm vindo a público extravasaram, na minha opinião, todos os limites, pelo registo e tom com que este órgão se dirige aos cidadãos nas suas Declarações Públicas.
Considero inaceitável que uma CPC, da qual faço parte por via deste Conselho, se dirija aos Portuenses através de uma linguagem com a qual não me identifico e sem a elevação que procuro ter na minha vida pessoal, profissional e politica.
Neste sentido, apresentei a minha demissão do Conselho Estratégico do PSD Cidade do Porto, por considerar que, neste momento, estar fora deste órgão será a melhor forma de servir o PSD Porto e os Portuenses.
Quero acreditar que os crescentes ecos de críticas que agora se fazem ouvir irão propiciar uma séria reflexão no seio do PSD Porto e que possamos em breve retomar a missão e o legado do partido, (re)encontrando nos seus militantes um compromisso para com os interesses da Cidade do Porto.