Diz o Presidente da Câmara da Sertã (eleito pelo PSD): “Serão 60 mil euros em 2016 e 140 mil euros para 2017” para financiar o Instituto Vaz Serra, do Grupo GPS. Acrescenta que “o normal é que quatro turmas fiquem em 400 mil euros e a autarquia vai assegurar um máximo de 200 mil para todo o ano lectivo. O restante valor será assumido pelo grupo GPS que gere o instituto, que também vai fazer um esforço, e aquelas quatro turmas vão abrir mesmo sem serem subsidiadas pelo Estado“.
Desculpe, Sr. Presidente da Câmara, vão continuar a ser subsidiadas pelo Estado, via Câmara Municipal da Sertã que assim se sobrepõe a uma decisão do Governo.
O concelho da sertã, com 15.880 habitantes e um orçamento de 16 milhões de euros (2016) – 200 mil euros corresponde a 1,3% do orçamento da câmara – não deve ter nenhuma dificuldade de desenvolvimento, nem de emprego, nem de fixação de pessoas, nem de atração de empresas, nem de interioridade, nem de nada. Pelo que despender 200 mil euros do dinheiro dos contribuintes para financiar grupos privados é, de certeza, uma boa utilização desse dinheiro que os contribuintes entregam ao município para administrar.
Fico com a certeza de que nunca ouviremos o Presidente da Câmara da Sertã a reclamar de problemas de qualquer tipo. O dinheiro sobra-lhe e os problemas do município estão todos resolvidos. Ainda bem! E também não o ouviremos reclamar sobre a dívida do país, défice orçamental, ou qualquer outra dificuldade financeira do município ou do país. Na sertã já não “é por isso de especial importância o reforço da modernização do Estado, tornando-o mais amigo das empresas e mais favorável ao empreendedorismo”.