Mas agora parece que estamos perante certezas. Segundo as notícias vindas a público, nas últimas horas, tudo leva a crer que Mário Centeno mentiu quando disse na Comissão de Inquérito sobre a gestão da Caixa Geral de Depósitos que não existia troca de correspondência entre o ministério das Finanças e António Domingues relacionada com as condições de aceitação para liderar o banco estatal. Afinal há emails que confirmam um acordo entre Centeno e Domingues.
Finalmente vejo alguém do PSD a fazer oposição ao Governo, sem andar a brincar às escondidas e às casinhas. Paulo Rangel não teve medo das palavras e já pediu a demissão do ministro Mário Centeno. É em nome de princípios que se deve fazer oposição. Um governante não pode mentir.
E se o ministro mentiu não existe outro caminho para Centeno: ou se demite ou é demitido por António Costa. E se não houver vergonha espero que, neste caso, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chame o Primeiro-Ministro a Belém e exija a demissão do Ministro das Finanças.
Um autarca, um governante, qualquer cidadão que ocupe um cargo público não deveria mentir, mas nestas circunstâncias, não pode mentir. Mesmo. É uma questão de princípios. Ponto.