Com a subida á liderança de João Semedo e Catarina Martins, um caso único na política portuguesa, o BE começou a dar sinais de abertura ao diálogo com outras forças políticas, sendo de notar a moderação de Semedo e a frontalidade de Catarina.
Com a saída de João Semedo, Catarina Martins, uma nortenha de fibra, inteligente e acutilante, tem liderado o partido com muito tacto e bom senso o que faz com que o BE dispute em próximas eleições o podium da AR com a possível conquista do terceiro lugar.
Um partido onde as mulheres sobressaem pela voluntariedade e inteligência postas ao serviço das causas que querem defender… Destaco Catarina Martins, Marisa Matias, Mariana e Joana Mortágua.
Rostos que os portugueses se habituaram a ver, a arquivar na memória. Mulheres que julgo virem a ter importantes desempenhos no Portugal do futuro.
O Bloco de Esquerda acordou para a realidade.
Portugal cada vez mais está destinado a ser governado por governos de coligação ou governos minoritários com apoio parlamentar.
O BE tem todas as hipóteses de poder vir a fazer maioria com o PS, uma vez que me parece ser inverosímil que o pudesse fazer com a actual liderança do PSD.
Com a actual liderança de Catarina Martins o BE contribui para o desanuviamento da política portuguesa, demarcando um território de esquerda amplamente democrático cada vez mais enquadrado no responsável sentido de estado a que todos estamos obrigados.
De salientar também a qualidade de grande parte dos militantes do partido, pessoas intelectualmente evoluídas, sem levarem às suas costas as cargas negativas das universidades de verão ou institutos semelhantes que outros partidos usam.
Julgo que no futuro Portugal contará e muito com o Bloco de Esquerda.