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Ainda os problemas com microfones

microfones

Eduardo Vítor Rodrigues, o actual presidente da Câmara de Gaia, foi meu professor no mestrado em Sociologia. Não nos conhecíamos anteriormente, mas desde essa data, passamos a ter uma relação cordial e estima pessoal que penso ser recíproca e que se tem mantido ao longo destes mais de 10 anos. Esta situação não me impede, nem nunca me impediu, sempre que entendo fazer a minha análise critica da sua actividade enquanto autarca e dirigente político. O Professor Doutor Eduardo Vítor Rodrigues sabe que um político está sempre e a qualquer momento sujeito aos escrutínio público. Por isso estou convicto que o Professor Eduardo Vítor Rodrigues como democrata que é aceita as críticas sempre que as mesmas são feitas com educação, elevação e urbanidade.

Numa recente entrevista à Rádio Renascença Eduardo Vítor Rodrigues, relativamente à posição de Rui Moreira no que diz respeito à TAP, afirmou ” Olhe, se esteve sozinho foi porque os órgãos de comunicação social lhe deram os microfones todos e não me deram nenhum a mim, porque eu estive ao lado do Rui Moreira.”

Meu caro Eduardo Vitor Rodrigues se à data já existiam problemas deficitários com microfones, desde o passado dia 22 de Junho, os problemas agudizaram-se, a partir do momento, em que Cristiano Ronaldo decidiu atirar para um lago em Lyon um microfone de um pseudo órgão de comunicação social a quem alguns chamam ” canal de televisão” !

Deixando os ” microfones ” e voltando à entrevista o presidente da Câmara de Gaia refere-se, em minha opinião, a destempo aos contratos de associação e da forma como foi gerida a comunicação do Governo neste caso. Mas se neste caso o Governo teve uma deficiente gestão de comunicação entendo também que, talvez não sejam as melhores pessoas, que aconselham Eduardo Vítor Rodrigues na gestão da comunicação, bem como na gestão política de alguns dossiers da Câmara Municipal de Gaia.

Mas esta entrevista talvez seja mais um alerta em relação ao futuro, nomeadamente no que diz respeito à reavaliação dos apoios às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que têm tido um papel relevante no apoio aos mais carenciados, às crianças e aos idosos, nos últimos anos.  E eu sei que esta é uma área muito sensível e que preocupa o Presidente da Câmara Municipal de Gaia.

No passado existiram vários exageros nos contratos de associação, por isso, também não tenho dúvidas que existam muitos exageros nos apoios a algumas IPSSs ao longo de todo o País. Por isso é natural que  Eduardo Vítor Rodrigues, sociólogo de formação e agora dirigente nacional do PS, deixe este alerta público aos governantes.

 

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