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Abril da pretensa liberdade

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Depois de ouvir os discursos das comemorações do 25 de abril chego inevitavelmente à mesma conclusão de anos anteriores: temos uma esquerda idealista-romancista e uma direita realista mas marcadamente ressabiada.

O clima de crispação introduzido nos discursos não é aceitável. O ressabiamento político são per si o maior dos exemplos da tal infantilidade democrática que hoje se proclamou.

A forma como a atual direita parlamentar trata o 25 de abril é a tradução política de porque é que hoje não temos um governo de coligação de direita.

O problema do PSD e do CDS são as pessoas, os seus direitos e as suas condições. É uma chatice isto da alternância democrática quando não se percebe para que serve o governo, o parlamento e as políticas fundamentais.

Aliás, isto da liberdade é uma enorme chatice para algumas aves raras do meu partido que detestam estar ali sentados no meio de tanto cravo. A social democracia perde quando não tem representantes à altura destas ocasiões.

Mas a democracia também perde quando o sistema de justiça abafa listas de nomes envolvidos no saco azul do grupo Espírito Santo. Grande liberdade esta.

Em resumo, mais um 25 de abril sem grande novidade. Até o Marcelo já não supreende de tão abrangente e arrasador que é (a avaliar pelos aplausos que colheu de todo o hemiciclo).

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