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Autárquicas 2017. Razões de uma candidatura.

Começo aqui a escrever as razões da minha candidatura autárquica, à Presidência da Câmara Municipal do Marco de Canaveses.

Desde que deixei a presidência da Câmara de Castelo de Paiva, a 31 de Outubro de 2009, não me afastei da política activa. Aliás não é de um momento para o outro que se pode quebrar uma ligação com mais de 24 anos de existência. Contrariamente ao que muitos possam pensar sou um cidadão muito atento ao evoluir do meu País e da actividade autárquica.

Antes de ser eleito Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, em Dezembro de 1997, e contrariamente a outros, eu tinha uma profissão, alicerçada no sector empresarial privado. Tinha mais de uma década de uma experiência muito enriquecedora. Quando assumi funções políticas a tempo inteiro em Castelo de Paiva, fiquei de licença sem vencimento na empresa onde estava, e à qual regressei em Novembro de 2009. Depois, foi uma opção própria tornar-me trabalhador independente colocando os meus conhecimentos e experiência profissional ao serviço do tecido empresarial. Onde me encontro hoje.

No decurso destes seis anos decidi concretizar um sonho antigo e ingressei novamente no ensino superior, mais de duas décadas depois, agora para tirar a licenciatura em direito. Foi uma fase muito importante da minha vida e que valorizou muito.

Sou um cidadão português que vê na actividade política uma actividade nobre e que nunca podemos dizer que não, quando somos chamados a desempenhar funções desta natureza, em prol do desenvolvimento do nosso País. É muito fácil criticarmos os outros, mas quando somos chamados a desempenhar esses cargos muitos viram as costas. Por outro lado, houve uma coisa que aprendi na actividade política foi a nunca dizer nunca. Aliás o provérbio é antigo “Nunca digas que desta água não beberei”. O futuro a Deus pertence.

Existem pessoas com responsabilidade partidária nível local e regional, distritais e nacionais, nomeadamente do Partido pelo qual concorri a cinco actos eleitorais de 1993 a 2009, que desde muito cedo souberam o que pensava sobre as Autárquicas de 2017, nunca escondi de ninguém o meu propósito e os convites que ia recebendo. Aliás já nas Eleições Autárquicas de 2013 fui convidado por duas estruturas partidárias diferentes num concelho do Distrito do Porto e uma outra no Distrito de Aveiro.

Tenho aqui que fazer um esclarecimento prévio, que quando em 1993 fui convidado pela Concelhia do PSD de Castelo de Paiva para ser candidato a candidato à Câmara de Castelo de Paiva, numa espécie de primárias internas, eu não vivia, nem nunca tinha vivido em Castelo de Paiva. Tenho 30 anos da cidade do Porto e 20 de Castelo de Paiva. Nunca vi nenhuma problema nessa matéria, aliás muitos são os casos a nível local e nacional em que isso acontece. Veja por exemplo no Vale do Sousa e Baixo Tâmega temos Presidentes de Câmara que nem vivem nos concelhos onde são autarcas. Como se sabe só há duas coisas na vida que nós não escolhemos, o sitio onde nascemos e o sítio onde morremos. Não vejo inconveniente nenhum em uma pessoa poder liderar uma candidatura autárquica fora do concelho onde se reside.

Fui Presidente do Conselho de Administração da Associação de Municipios do Vale do Sousa e Presidente da Câmara na vasta região do Tâmega e Sousa, acho que a conheço suficientemente bem.

Sempre valorizei equipas e não projectos individuais. Temos que ter em consciência que uma candidatura, seja ela qual for, depende sempre de um conjunto de pessoas que estejam unidas e totalmente focadas na perspectiva da salvaguarda dos interesses do Concelho em causa. E para tal, são necessários os melhores e os mais bem preparados, uma vez que assumir algo desta natureza, requer uma responsabilidade imensa. Ou seja, só com a ajuda de todos é que conseguiremos efectuar um bom trabalho em prol das pessoas.

Fim da 1ªparte.

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